Hiperplasia benigna da próstata

A hiperplasia prostática benigna (HPB), também conhecida como aumento prostático benigno, é um problema urinário comum que afeta os homens, especialmente aqueles com mais de 50 anos. Ela dificulta o ato de urinar, piorando a qualidade de vida de milhões de homens no mundo todo.

 

A hiperplasia prostática benigna é o tumor não-canceroso (benigno) mais comum no homem. Felizmente, existem tratamentos eficientes para este problema urinário, inclusive tratamentos não-cirúrgicos. É importante ressaltar que o homem que sofre de HPB não tem predisposição a desenvolver câncer de próstata. Por outro lado, é possível ter HPB e câncer de próstata ao mesmo tempo.

Causas de HPB

A causa exata da HPB não é conhecida, mas existem relações com as mudanças hormonais que o organismo do homem sofre ao ficar mais velho. A hiperplasia prostática benigna é incomum em homens abaixo de 40 anos, mas aparece com frequência cada vez maior conforme a idade avança. É uma doença comum que afeta cerca de 70% dos homens acima dos 70 anos.

Por que a hiperplasia prostática benigna causa problemas urinários?

A próstata é uma glândula que está localizada logo abaixo da bexiga no sistema reprodutivo masculino. Ela envolve uma parte da uretra, que é o canal que carrega a urina da bexiga, através do pênis, para fora. A principal função da próstata é adicionar fluídos ao sêmen, o líquido eliminado na ejaculação, mas o aumento dela pode bloquear a passagem da urina pela uretra, ao mesmo tempo que pressiona a bexiga e aumenta a vontade de urinar.

 

A HPB se desenvolve quando as células da próstata crescem, aumentando o tamanho da glândula. Este aumento acontece lenta e gradualmente. A maioria dos homens não sabe que tem hiperplasia prostática benigna até que a glândula tenha crescido o suficiente para causar sintomas.

O primeiro sintoma de HPB que a maioria dos homens apresentam é a alteração do fluxo urinário. Uma razão para isto é que quando a próstata começa a aumentar, ela comprime a uretra, tornando-a mais estreita e fina e reduzindo o jato urinário. A HPB também pode causar alterações na parede muscular da bexiga.

Uma complicação frequente da hiperplasia prostática benigna é a infecção urinária, que pode acontecer quando não se consegue esvaziar completamente a bexiga e as bactérias podem crescer na urina residual. Se não for tratada, a HPB também pode causar um dano sério ao sistema urinário do homem. A bexiga pode perder capacidade de contração, o que causa a incontinência urinária. Nos casos graves, até mesmo os rins podem ser afetados. A maioria destas complicações pode ser evitada com o diagnóstico precoce e com o tratamento adequado.

 

Como tratar?

Uma proporção significativa de homens com hiperplasia prostática benigna (HPB) não necessita de tratamento. A observação não implica necessariamente a ausência de tratamento. Podemos obter melhora dos sintomas do trato urinário inferior (STUI) adotando algumas medidas não farmacológicas, como a redução da ingestão hídrica noturna, a redução do consumo de cafeína e seus derivados e de bebida alcoólica, e evitando o uso de descongestionantes e anti-histamínicos. São candidatos à vigilância ativa os homens com sintomas do trato urinário leves ou moderados e com impacto mínimo na qualidade de vida, com necessidade de reavaliação anual.

O tratamento da HPB tem dois objetivos principais: o alívio das manifestações clínicas do paciente e a correção das complicações relacionadas ao crescimento prostático. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico e a opção por um destes levará em consideração as condições clínicas do paciente, tamanho da próstata, danos causados ao aparelho urinário, gravidade dos sintomas, presença de complicações relacionadas à HPB e a preferência do indivíduo. Indivíduos com sintomas leves, sem alterações significativas de qualidade de vida e sem complicações podem ser observados, com acompanhamento regular. Já para aqueles com sintomas moderados ou severos está indicado o tratamento medicamentoso. Alguns indivíduos com sintomas graves e/ou complicações da HPB (retenção urinária persistente e refratária ao tratamento clínico, infecções urinárias freqüentes, dilatação do sistema urinário, sangramento urinário persistente e associação de cálculos ou divertículos na bexiga) são candidatos ao tratamento cirúrgico.

 

Atualmente, existem algumas opções cirúrgicas para HPB, sendo que a Ressecção Transuretral da Próstata (RTUP) é considerada o padrão-ouro no tratamento desta afecção. O procedimento consiste na retirada de fragmentos do tecido prostático e consequente desobstrução do fluxo urinário para alívio dos sintomas. A cirurgia é feita por via uretral, com a passagem de endoscópio pelo interior do pênis, sem necessidade de incisões, configurando-se como cirurgia endoscópica de mínima invasão. Por se tratar de um procedimento minimamente invasivo e menos traumático que a cirurgia aberta, a RTUP propicia menor tempo de hospitalização e recuperação do paciente com maior brevidade. Outras opções cirúrgicas são: prostatectomia retropúbica; vaporização; laser (Green-light; Holep) e embolização.


Antes e depois (vista endoscópica)

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