Quais são as cirurgias a laser para tratamento de pedra nos rins?
Ureterorrenolitotripsia flexível a laser
Na ureterorrenolitotripsia flexível, uma câmera, fina e flexível é introduzida através da uretra, passa pela bexiga e alcança o rim. Esse aparelho é controlado pelo cirurgião e permite olhar para cima, para baixo, para direita e esquerda. Isso garante uma exploração minuciosa e completa do rim.
Identificadas as pedras, introduz-se uma fibra de laser pelo equipamento e pulverizamos os cálculos renais.
O paciente recebe alta no dia seguinte.
Ureterolitotripsia semi-rígida a laser
A ureterolitotripsia semi-rígida também é realizada por meio da uretra. A câmera utilizada nessa cirurgia é bastante fina, mas não permite realizar curvas, sendo indicado geralmente para tratamento de cálculos no ureter (canal que liga o rim a bexiga).
Também usamos uma fibra de laser que é passada por dentro do aparelho para destruir os cálculos.
A ureterolitotripsia (rígida e flexível) tem de 90 a 98% de chance de sucesso e tem taxas de complicações de 1-4%.
Nefrolitotripsia percutânea
Por meio de uma pequena incisão na região lombar, um equipamento com câmera (nefroscópio) é introduzido até o rim do paciente e através desta câmera, o cirurgião consegue navegar por dentro do rim e visualizar a pedra. Com a ajuda de um equipamento ultrassônico introduzido pelo nefroscópio, a mesma é fragmentada e aspirada.
Geralmente, este tipo de cirurgia é realizado em cálculos renais maiores que 20 mm.
Litotripsia extra-corpórea por ondas de choque (LECO)
Não configura propriamente uma cirurgia, mas é uma modalidade de tratamento de pedras nos rins. É conhecida popularmente como “bater as pedras”, pelo som característico do aparelho utilizado ou “tratamento por laser”, embora não utilize essa forma de energia.
O paciente recebe sedação ou anestesia geral e é deitado sobre uma espécie de bolha. Neste procedimento, localiza-se o cálculo por meio de raio X ou ultrassom anexos ao aparelho. O aparelho gera ondas de choque que atravessam o corpo e os rins e fragmentam as pedras.
Há algumas ressalvas para o uso dessa técnica. A mesma não pode ser utilizada em cálculos maiores que 20mm ou 10mm, dependendo da localização. Para cálculos duros (densidade acima de 1000uH) temos resultados pobres com taxas de resolução de 30-50%.
Mas qual o melhor tratamento para pedra nos rins?
Primeiramente, é preciso dizer que cálculos renais pequenos, menores que 5-6mm, podem ser expelidos espontaneamente pela urina, enquanto cálculos maiores geralmente requerem cirurgia.
Como vimos acima, existem diferentes formas de tratar pedra nos rins. O urologista deve avaliar a história do paciente, exames de laboratório e características dos cálculos fornecidas por exames de imagem para definir qual é a mais adequada para cada caso.
Por isso, é fundamental realizar uma consulta com o urologista!