Câncer de Rim

O câncer de rim é o terceiro mais frequente do aparelho genitourinário e representa aproximadamente 3% das doenças malignas do adulto. É também conhecido como hipernefroma ou carcinoma renal. O mais frequente é o câncer renal de células claras, sendo responsável por 85% dos tumores diagnosticados.

Geralmente acomete indivíduos entre os 50 e 70 anos de idade, sendo duas vezes mais frequente nos homens que nas mulheres.

Aproximadamente 55% dos tumores renais diagnosticados hoje estão confinados ao rim, 20% são localmente avançados (acometendo gânglios regionais próximos ao rim) e 25% já apresentam metástases da doença, principalmente para os pulmões, fígado e ossos.

São conhecidos alguns fatores de risco para o câncer renal, dentre eles:

  • Hipertensão.
  • História familiar da doença.
  • Doença de Von Hippel-Lindau e diálise.

 

Diagnóstico

Apenas cerca de 10% dos pacientes apresentam dor no flanco, sangue na urina e massa abdominal palpável. A  forma mais frequente de diagnóstico são os achados incidentais em exames de rotina como a ultrassonografia do abdômen.

O diagnóstico da doença é feito por meio da tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética do abdome.

Esses exames, além de fazer o diagnóstico da doença, são bastante úteis no seu estadiamento (verificação da extensão para outros órgãos) e no planejamento da terapêutica mais adequada.

A radiografia de tórax ou tomografia de tórax servem para avaliar o acometimento dos pulmões.

A biópsia renal pré-operatória normalmente não é realizada, e só é necessária em situações excepcionais, a fim de se diferenciar lesões malignas de benignas, as quais não necessitam de tratamento, ou em casos de acompanhamento de lesões pequenas em pacientes com a saúde muito debilitada para o procedimento de retirada do tumor.

Os fatores prognósticos mais importantes em câncer de rim, que auxiliam no planejamento terapêutico e no seguimento da doença, são:

  • Estágio clínico.
  • Graduação histológica (ISUP).
  • Tipo histológico.
  • Estado clínico do paciente (“performance status”).

 

Para que se possa fazer um adequado planejamento terapêutico, o performance status é fundamental para o tipo de procedimento bem como poderá determinar a resposta ao tratamento. Os demais fatores prognósticos referem-se todos ao volume de tumor existente no momento do diagnóstico e à agressividade que certos tumores exibem.

Tratamento

A cirurgia é o único tratamento curativo definitivo para o câncer de rim. A nefrectomia radical, ou seja, a retirada em bloco do rim com seus revestimentos (fáscia de gerota), glândula adrenal (somente em grandes tumores ou no pólo superior do rim) e linfonodos regionais é o tratamento tradicional para os tumores do rim.

No entanto, com a evolução dos meios diagnósticos e os achados cada vez mais precoces de pequenas massas renais, a nefrectomia radical, em boa parte dos casos, não é mais indicada, devendo-se optar pela nefrectomia parcial. Este tipo de tratamento consiste na retirada do tumor com pequena margem de segurança, preservando-se desta forma o restante do parênquima renal.

Os resultados oncológicos da cirurgia parcial são semelhantes ao da nefrectomia radical para casos selecionados de tumores menores, menos agressivos, ou até podendo inclusive ser aplicada para tumores maiores desde que em situação anatômica favorável.

 

A nefrectomia radical robótica e laparoscópica é um método que pode ser aplicado no tratamento do câncer renal com segurança, oferecendo os mesmos índices de cura da cirurgia aberta. Entre as vantagens está o fato de ser um método menos invasivo, com menor morbidade e menor tempo de internação, além da vantagem estética (pequenos furos ao invés da grande cicatriz da cirurgia aberta).

 

Vale ainda mencionar os métodos de tratamento para o câncer de rim que levam à destruição tumoral por meio do congelamento (crioterapia) ou do calor (radiofrequência), indicados em situações especiais.

Nos pacientes que apresentam doença avançada, com metástases à distância, existem formas de tratamento sistêmico com imunoterapia, com drogas inibidoras da angiogênese, terapias-alvo e inibidores de check-point. Esses medicamentos, associados ou não ao tratamento cirúrgico, podem levar ao controle e à regressão da doença.

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